1) Por que colocar uma pessoa no poder que irá governar sem ser eleita
pelo povo?
A proposta do
movimento monarquista é implantar a Monarquia Parlamentarista onde o Imperador
é o Chefe de Estado, representando a Nação e supervisionando os demais Poderes
enquanto quem administra e governa o país é o Presidente do Conselho de
Ministros (Primeiro Ministro).
2) Quais são os países atualmente que são Monarquias Parlamentaristas?
Na América, existe
o Canadá, na Oceania, a Austrália, no Oriente, o Japão, na Europa, a Espanha, o
Reino Unido, Suécia, Noruega, Dinamarca, Países Baixos, Bélgica. São os países
mais desenvolvidos e com melhor distribuição de renda e qualidade de vida para
seus habitantes da atualidade.
3) Mas e quanto a Arábia Saudita, Omã, Brunei, Butão, Suazilândia e
outros?
São monarquias, mas
não parlamentaristas. A maior parte são absolutistas ou semi-absolutistas e não
são consideradas exemplos a serem seguidos por nenhum monarquista sério.
É o mesmo em que
uma pessoa for defender a República Presidencialista, ela irá buscar os países
em que a adotaram da maneira correta, que atualmente é apenas os Estados Unidos
da América, e evitar exemplos como Cuba, Venezuela e Coréia do Norte, que são
autoritárias e ditatoriais.
4) É verdade que a Igreja Católica é uma monarquia?
De fato, a Santa
Sé, cujo Estado é o Vaticano, é uma monarquia, mas se trata de um caso
especial: é uma monarquia eletiva. Mas é assim por motivos óbvios, visto que os
Papas são celibatários e assim não podem surgir Dinastias.
5) A Monarquia é anti-democrática?
Depende de quais
monarquias você está se referindo. Como foi explicado nos itens anteriores,
podem existir monarquias autoritárias como a Arábia Saudita ou monarquias
constitucionais parlamentaristas extremamente desenvolvidas, modernas e
democráticas como a Suécia.
O movimento
monarquista deseja seguir os passos da Suécia, e não da Arábia Saudita.
6) O Imperador pode condenar alguém a prisão, mandar matar, expulsar do
país, criar leis ou algo do tipo?
Não para todas as
indagações. Na Monarquia Constitucional Parlamentarista quem julga e condena é
o Poder Judiciário, quem cria leis é o Poder Legislativo e quem governa e
administra o país é o Poder Executivo.
Ao Imperador, é
reservado um papel diferenciado: ele serve como um árbitro entre os outros três
Poderes, observando-os e fiscalizando-os, para assim impedir eventuais abusos
de seus representantes (Ex.: Um Primeiro Ministro incompetente, um senador
corrupto, etc…)
7) E quem fiscaliza o Imperador?
Digamos, em um caso
hipotético e extremamente difícil de ocorrer, que o monarca (o Imperador) se
revele uma pessoa de comportamento e moral duvidosos, que abuse de suas
prerrogativas ou algo do tipo.
Há uma maneira de
retirá-lo do cargo: a Assembléia Geral (O Parlamento, composto por Senadores e
Deputados eleitos pelo povo brasileiro) poderia destituí-lo de sua posição, num
processo praticamente idêntico ao “impeachment” de um presidente da República.
8 ) O Imperador fiscaliza os outros três poderes, então isso significa
que ele possuirá um Poder para si? Como assim? Está se referindo ao Poder
Moderador?
Exato.
9) Mas o Poder Moderador é absolutista!
Não, é aí que você
se engana.
Esta concepção
errônea do Poder Moderador é fruto de propagandas enganosas que duram até os
dias de hoje, mas que não revelam a verdade.
O Imperador do
Brasil no século XIX (1801-1900) tinha prerrogativa para:
- Dissolver o
Parlamento e convocar novas eleições.
- Nomear o
Presidente do Conselho de Ministros (Primeiro Ministro).
- Perdoar e comutar
sentenças judiciais.
- E outras
prerrogativas.
A primeira vista,
tem-se a impressão de que o monarca possui poder até demais, sendo que não se
trata de um absolutismo disfarçado, e sim de uma maneira de fiscalizar os
outros três poderes em prol da nação.
E mais: os países
europeus que são monarquias parlamentaristas da atualidade, como o Reino Unido
da Rainha Elizabeth II e a Espanha do Rei Juan Carlos I, permitem a seus
monarcas que possuam poderes praticamente idênticos aos dos imperadores
brasileiros, inclusive cada umas das prerrogativas que foram citadas acima.
Isso mesmo: os
países mais ricos, avançados, desenvolvidos, com melhor distribuição de renda e
mais democráticos, permitem que seus monarcas possuam essas prerrogativas que
no Brasil é considerado absolutismo.
Mas não se trata de
absolutismo e nem nada do tipo.
10) E quanto ao Imperador nomear os Senadores? Não era isto que ocorria
no Império?
Na época do
Império, os cidadãos que tinham a capacidade para votar, escolhiam seus
representantes através dos candidatos existentes, como qualquer eleição.
Dos três candidatos
mais votados, caberia ao Imperador escolher um deles para tornar-se o mais novo
senador vitalício da província (estado).
Figuras históricas
vistas como verdadeiros estadistas e heróis naquela época e ainda nos dias de
hoje, tais como o Duque de Caxias, o Marquês de Paraná, o Visconde do Rio
Branco e outros se tornaram senadores desta maneira.
O Imperador Dom
Pedro II, conhecido por sua honestidade, zelo e senso de dever perante a nação,
sempre fez questão de escolher as melhores pessoas para o cargo.
No entanto, o
movimento monarquista não propõe o retorno desta forma de eleição para Senador
e nem sua vitaliciedade: os senadores deverão ser eleitos diretamente pelo povo
brasileiro para um mandato com prazo pré-definido, como os atuais oito anos.
11) E se o Império retornar, o Brasil vai deixar de ser uma federação? O
Catolicismo voltará ser a religião oficial?
Não e não. O Brasil
continuará ser uma federal e o Estado não terá religião oficial.
12) A Monarquia é cara de se manter?
Não. No Reino
Unido, o custo para se manter a monarquia é de cerca de R$ 75-80 milhões por
ano, enquanto o custo para se manter a república no Brasil é de R$ 372,8
milhões.
Isso significa que
a república brasileira custa quase o quíntuplo da monarquia britânica.
Obviamente estes valores não se tratam nem do salário do Presidente da
República e nem da dotação da Rainha Elizabeth II. Os valores representam os
gastos totais, com manutenção, compras, serviços, etc…
A parte
interessante é que no website oficial da monarquia britânica, é possível
analisar com detalhes o gasto anual para mantê-la, enquanto o mesmo não pode
ser observado no website oficial da presidência da república brasileira, que
não apresenta informação alguma.
A Monarquia espanhola
custa em torno de R$ 25 milhões por ano e a sueca, cerca de R$ 32 milhões. A
República brasileira custa R$ 320 milhões a mais.
13) Mas uma coisa é o Reino Unido e outra é o Brasil. Eu quero saber
quanto custaria a Monarquia brasileira!
Infelizmente, não
será possível responder a tal indagação, a não ser com meras especulações, o
que não seria cabível. Afinal, como prever o custo para se manter uma monarquia
que acabou em 1889?
No entanto, eu
posso utilizar dados históricos para chegar a alguma conclusão.
14) Eu teria que me ajoelhar, ou beijar a mão ou os pés ou algo do tipo
para o Imperador ou algum membro da sua Família?
Beijar os pés é uma
forma de reverência asiática, e não européia, de onde as nossas tradições
monárquicas são provenientes. Então, essa opção é inadmissível e nem sequer é
levada em cogitação.
Ajoelhar-se, forma
de demonstrar fidelidade ao suserano, como os cavaleiros e nobres de outrora
faziam, não era sequer observada nos tempos do Império no século XIX, então,
não seria hoje que esse costume retornaria.
Quanto a beijar a
mão, esta prática foi abolida pelo próprio imperador Dom Pedro II ao retornar
de sua primeira viagem a Europa em 1872.
No entanto, convém
recordar que se ajoelhar ou beijar a mão não significam um ato humilhante ou de
submissão, e sim, de respeito e admiração. Ora, este costume perdura até os
dias de hoje: quem nunca viu algumas pessoas, principalmente as mais velhas
aproximarem-se de seus pais ou padrinhos e “pedir a benção” enquanto beijavam
suas mãos?
É claro que ninguém
é obrigado a fazer isto para o Imperador, mas caso o faça, não precisa se
preocupar em achar que está sofrendo algum tipo de humilhação ou
constrangimento.
15) Então qual a forma correta de lidar com o Imperador? Ou mesmo com o
Chefe da Casa Imperial?
Apenas o trate com
educação e respeito como você faria com qualquer pessoa, principalmente as mais
velhas.
No entanto, se você
quiser respeitar os costumes e tradições existentes, a forma correta é abaixar
a cabeça levemente, assim como o torso, semelhante a quando você encontra um
conhecido que, no entanto se encontra distante.
E quando se dirigir
a ele, trate-o por “Vossa Majestade”, se for o Imperador, ou “Vossa Alteza”, se
for o Chefe da Casa Imperial quando falar pela primeira vez e em seguida, basta
chamá-lo de “senhor” ao longo da conversa.
Pode parecer
estranho e fora do comum tratá-lo como “Vossa Majestade”, mas não é assim que
tratamos as pessoas com cargos importantes? Não é chamamos os juízes de “Vossa
Excelência” quando estamos em audiência, assim como o Presidente da República,
e o Papa também não é tratado como “Vossa Santidade”?
16) Voltaremos a ter nobreza?
Aparentemente, sim.
17) Mas por que criar classes diferenciadas? Não seria isso
anti-democrático?
A existência de uma
nobreza no Brasil não significaria a diferenciação das pessoas em classes
distintas.
No Brasil, os
títulos de nobreza eram puramente honoríficos, e não eram hereditários. Serviam
como prêmios, de certa maneira. É uma forma de reconhecer os préstimos que uma
pessoa fez em benefício da nação.
Não temos os
costumes de entregar medalhas ou prêmios para as pessoas que se saíram
particularmente melhor que outras em algo? Assim funciona a nobreza no Brasil,
trata-se de uma Meritocracia, e não uma Aristocracia, pois o seu valor é
reconhecido pelo seu mérito e não por sua origem.
18) Então somente uma pessoa que lutou bravamente numa guerra, descobriu
a cura para uma doença ou algo do tipo poderia tornar-se nobre?
Não. Recentemente,
um leiteiro aposentado foi agraciado com um título de nobreza pela Rainha
Elizabeth II, por seu trabalho honesto e dedicado ao longo de toda a sua vida.
Ele não era rico,
nem influente, nem poderoso ou nada do tipo, mas era apenas um trabalhador
comum, como a maior parte das pessoas, e que sempre trabalhou de maneira digna
e correta.
19) A Monarquia é de direita ou de esquerda?
Nenhum dos dois. A
Monarquia é uma forma de governo e por esta razão, ela é por natureza, até
mesmo como a própria República, neutra. No entanto, os partidos que estarão no
poder governando o país é que possuirão alguma tendência ideológica, mas não a
Monarquia em si.
20) Então isso significa que na Monarquia ainda existirão partidos de
direita, centro e de esquerda?
Exato.
21) E o Imperador é de direita ou de esquerda?
Ele deve ser
obrigatoriamente neutro, sem favorecer nem este e nem aquele partido, mas tem
por obrigação defender os interesses da Nação.
Digamos que o
monarca, como pessoa, em seu íntimo, é contra o aborto, mas através de um
plebiscito, o povo brasileiro decide legalizá-lo: o Imperador mesmo contrário,
não poderá se opor, pois é à vontade da Nação e nem deverá atuar contra.
22) Eu sou de (Direita, Esquerda, Centro-Direita, etc.). Eu posso
defender a Monarquia Parlamentarista?
Claro!
22) Eu sou (Judeu, católico, muçulmano, ateu, budista, etc.). Eu posso
defender a Monarquia Parlamentarista?
Claro que sim! Em
nosso meio, você encontrará tanto católicos fervorosos, como católicos
não-praticantes, assim como judeus, e também muçulmanos e, inclusive, ateus!
A Monarquia não
representa um grupo, uma tendência, nem uma minoria, e muito menos uma maioria,
mas toda uma Nação.
23) Eu sou (branco, negro, mulato, ameríndio, etc.). Eu posso defender a
Monarquia Parlamentarista?
Obviamente que sim!
24) Eu sou (heterossexual, homossexual, bissexual, etc.). Eu posso
defender a Monarquia Parlamentarista?
Sim! O Movimento
não é preconceituoso e acredita que cada um, independente de sua cor, credo,
opção sexual, ideologia política ou o que seja pode e deve apoiar o retorno da
monarquia. Somos todos uma grande família e irmãos, que desejam nada mais nada
menos colocar ordem na casa de uma vez por todas.
25) Como a Monarquia Parlamentarista pode voltar a existir no Brasil?
O Movimento
Monarquista considera inaceitável sequer cogitar a hipótese de realizar ou
apoiar um golpe de Estado para reinstaurar à monarquia.
A nossa proposta é
que através de um Plebiscito onde o povo brasileiro irá manifestar sua vontade
diretamente se deseja ou não o retorno da Monarquia.
A Família Imperial
1) Caso a Monarquia retornasse hoje, quem seria o Imperador?
Seria Dom Luiz de
Orleans e Bragança, bisneto da princesa Isabel e tataraneto do imperador Dom
Pedro II.
2) E por que ele seria o Imperador e não eu? Ou o Pelé? Ou qualquer
outra pessoa?
Dsadfdafadad
3) Quem faz parte da Família Imperial do Brasil atualmente?
Fazem parte da
atual Família Imperial as seguintes pessoas:
Dom Luiz de Orleans
e Bragança – Atual Chefe da Casa Imperial e filho da antecessora. Está com 72
anos de idade.
Dom Bertrand de
Orleans e Bragança – Irmão do antecessor. Não é casado e nem possui filhos.
Dona Isabel de
Orleans e Bragança – Irmã do antecessor. Não é casada e nem possui filhos.
Dom Antonio de
Orleans e Bragança – Irmão da antecessora. É casado e possui quatro filhos.
Dona Christine de
Ligne – Esposa do antecessor. Está com 52 anos de idade.
Dona Amélia – Filha
do antecessor e antecessora.
Dom Rafael – Irmão
da antecessora.
Dona Gabriela –
Irmã do antecessor.
Dona Eleonora –
Irmã de Dom Luiz. É casada e possui dois filhos.
Michel de Ligne –
Esposo da antecessora.
Alix Marie – Flha
do antecessor.
Henri Antoine Irmão
da antecessora.
Ao todo, são
catorze pessoas que compõem a Família Imperial do Brasil atualmente. No
entanto, a senhora Dona Eleonora, que é casada com Michel, príncipe de Ligne da
nobreza belga, não mora no Brasil, assim como seus dois filhos, e não existe
perspectiva de que um dia venham fazê-lo.
Desta forma, no
futuro não muito distante, a Família Imperial no Brasil praticamente se
resumirá há apenas quatro pessoas: os filhos de Dom Antonio.
4) Mas isso não faz sentido! Eu já ouvi falar de outros príncipes
também!
Aí está o problema.
Graças à mídia, que chama qualquer descendente de Dom Pedro I de príncipe,
dá-se à impressão que qualquer um que tenha sangue Bragança nas veias faça
parte da Família Imperial.
Não é a toa que
muitas pessoas se assustam com a idéia de reinstaurar a Monarquia e ficam a
imaginar uma única família com centenas de membros sendo custeadas com dinheiro
publico.
Não é nada do tipo.
Não se preocupe.
5) E por que elas não fazem parte da Família Imperial?
Por que renunciaram
aos seus direitos, ou são filhos ou netos de quem o fez. Desta forma, ou perdem
os títulos e a posição na linha de sucessão ao Trono ou nunca chegaram a herdar
tais direitos.
6) A Família Imperial do Brasil é rica?
Não. Para os
padrões brasileiros, eles fazem parte da classe média. Não são milionários e
nem nada do tipo.
7) Eles vivem de que?
Os príncipes da
Família Imperial do Brasil são formados, como é o caso de Dom Luiz que é
químico, de Dom Bertrand que é advogado, de Dom Antonio que é engenheiro e
necessitam trabalhar como qualquer pessoa honesta para se sustentar.
8 ) Eles recebem algum tipo de renda do Estado ou semelhante?
Não.
9) Tem algo de errado! Mas eu já ouvi falar que eles têm um Palácio em
Petrópolis e vivem do Laudêmio!
Os descendentes do
filho mais velho da princesa Isabel, o príncipe Dom Pedro de Alcântara, que
renunciou ao seu direito ao trono antes mesmo de casar e ter filhos, herdaram o
Palácio do Grão-Pará e também os rendimentos do laudêmio da cidade de
Petrópolis (cerca de 2,5% do valor total de casa imóvel vendido).
No entanto, eles
não fazem parte da Família Imperial do Brasil e por esta razão que não possuem
direitos ao extinto trono.
10) Se é assim, a Família Imperial é descendente de quem?
É descendente do
segundo filho da princesa Isabel, ou seja, de Dom Luiz, o príncipe imperial e
avô do atual Chefe da Casa Imperial.
11) Eles fazem algo pelo retorno da Monarquia?
Sim. Os príncipes
estão sempre viajando participando de encontros, solenidades, eventos e
entrevistas por todo o Brasil e também no exterior.
12) Quem paga os custos dessas viagens?
Eles próprios, ou
através de doações de monarquistas.
13) E quanto ao Brasil? O que eles fazem?
Assim como viajam
para participarem de encontros e eventos sobre a Monarquia, os príncipes também
o fazem para tratar de assuntos pertinentes ao nosso país, principalmente
quanto à política social.
Caramba! Ultimamente tenho sido cobrada por uma posição política, e ando flertando com o Monarquismo e Integralismo, não sabia que as duas podiam se complementar.
ResponderExcluirParabéns pelo blog e pelos posts.
Anauê, Ave império!
:D
Muito obrigado Beatriz temos muito que desenvolver ainda.
ExcluirAnauê, Ave Império!