quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O ESPÍRITO REVANCHISTA E O PERECIMENTO DE NOSSA PROTEÇÃO

                O ESPÍRITO REVANCHISTA E O PERECIMENTO DE NOSSA PROTEÇÃO



         

Muito se vem a falar de revanchismo ultimamente, sobre o regime petista e as Forças Armadas, da presidente-guerrilheira infringindo a Lei da Anistia fazendo frente à Comissão Nacional da Verdade, sua inércia perante a sucateação das nossas gloriosas Forças Armadas e o não reconhecimento da autoridade do então ministro da Defesa Celso Amorim.
Porém nunca se perguntaram (ou não tinham o conhecimento) de como o Brasil que outrora possuirá a segunda maior Marinha de Guerra do mundo, ficando atrás apenas da Inglaterra, chegou a essa condição tão deprimente e lamentável.
A Armada Imperial Brasileira surgiu junto com a nossa Independência e ao longo dos reinados pedristas ela se desenvolveu:

“Com a Independência, a Marinha tornou-se ainda mais importante, pois apesar de termos tido a sorte de possuir um Pedro I como monarca, o Brasil se teria esfacelado numa série de republicas - como aconteceu na América espanhola - se não fosse a sua ação integradora. É certo que existem outros fatores, mas foi ela que bloqueou, venceu e perseguiu a Esquadra portuguesa, possibilitando a união com o Rio de Janeiro”.

Em 1840, quando o Imperador Dom Pedro II foi declarado maior de idade e assumiu suas prerrogativas constitucionais, a Armada detinha noventa navios de guerra: seis fragatas, sete corvetas, dois brigues-barcas, seis brigues, oito brigues-escunas, dezesseis canhoneiras, doze escunas, sete patachos, seis barcas a vapor, oito lanchões artilhados, três charruas, dois lugres, dois cúteres e cinco lanchões armados. Nova modernização ocorreu, desta vez, reorganizando a Secretaria de Estado, a Contadoria da Marinha, o Quartel-General e a Academia de Marinha. Novos navios foram comprados e as capitanias dos portos foram reaparelhadas. O Corpo dos Imperiais Marinheiros foi definitivamente regularizado e surgiu o Corpo de Fuzileiros Navais (no lugar do Corpo de Artilharia de Marinha que fora dissolvido), assim como serviços de assistência aos inválidos e também escolas para formação de marinheiros e artífices.
Príncipe Adalberto da Prússia, em viagem ao Brasil em 1842 escreveu:

      "Que felicidade para esse belo país, a de ser governado por um soberano como esse, que tão bem compreende os deveres da realeza e nutre tão ardente desejo de fazer feliz o seu povo".

O príncipe foi encarregado de estudar as mais poderosas marinhas do mundo nesta época pois seu soberano o havia indicado para criar a Imperial Marinha Alemã. Na sua vida realizou várias viagens a países como Holanda, Inglaterra, Rússia, Império Otomano e claro, o Império do Brasil.



 Da década de 1860, a Armada Nacional foi mais uma vez modernizada, e seus antigos navios à vela deram lugar quarenta navios a vapor com mais de 250 canhões. Seus oficiais não continham mais estrangeiros, e sim, somente brasileiros natos (que eram recrutas na época da guerra da Independência). De seu quadro de militares, saíram homens como Joaquim Marques Lisboa, marquês de Tamandaré, Francisco Manuel Barroso da Silva, barão do Amazonas, Joaquim José Inácio de Barros, visconde de Inhaúma, Luís Filipe de Saldanha da Gama, dentre outros, que foram todos leais ao regime monárquico.  Em 1864 foram acrescidos a força naval onze navios encouraçados e seis monitores encouraçados:
1.     Brasil, encomendado da França
2.     Três construidos no Arsenal da Corte: BarrosoTamandaréRio de Janeiro.
3.     Cinco comprados praticamente prontos por serem anteriormente encomendados pelo ParaguaiLima BarrosMaris e BarrosHerval,Bahia e Silvado.
4.     Dois encomendados na Inglaterra, Colombo e Cabral.
5.     Seis monitores fluviais, classe Pará, construidos a partir de 1866 no arsenal da Corte.
Além disso, seus comandantes, assim como suas tripulações (e as das embarcações que já se encontravam no teatro de guerra) foram melhor treinadas. Estas ações permitiram a Armada obter uma grande vitória na Batalha de Riachuelo contra as forças paraguaias. Construtores navais brasileiros como Napoleão Level, Trajano de Carvalho e João Cândido Brasil planejaram novos desenhos para os navios de guerra da Armada Nacional que possibilitaram aos Arsenais do país manterem competitividade com outras nações. Com o final do conflito contra o Paraguai, o governo brasileiro buscou reparar os danos sofridos pelas embarcações e reequipá-las, possibilitando ao Brasil ter a segunda mais poderosa marinha de guerra do mundo àquele momento.




Durante a década de 1870, o Império brasileiro teve por objetivo fortalecer ainda mais a sua Armada frente a uma possibilidade de um conflito armado com a Argentina. Assim, adquiriu uma canhoneira e uma corveta em 1873, um encouraçado e um monitor em 1874 e logo em seguida dois cruzadores e mais um monitor. O início da década de 1880 revelou que o crescimento da Armada continuaria, pois os Arsenais da Marinha do Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Pará e Mato Grosso continuaram a construir dezenas de navios de guerra. Quatro torpedeiros foram comprados, foi criada a Escola Prática de Torpedos para praças e instalou-se uma oficina de fabricação e reparo de torpedos e aparelhos elétricos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro em 30 de novembro de 1883. Este mesmo Arsenal construiu as canhoneiras a vapor: IniciadoraCariocaCamocimCabedelo e Marajó, além do patachi Aprendiz, todos com cascos de ferro e aço, e não mais de madeira (os primeiros do tipo construídos no país). Contudo, o ápice da Armada Imperial ocorreu com a incorporação dos encouraçados de alto mar Riachuelo e Aquidabã (ambos dotados de tubos lança-torpedos) em 1884 e 1885, respectivamente. A obtenção destes navios possibilitou o Brasil permanecer “entre as potências navais do universo”. Estes dois navios marcaram época, pois:

“Fizemos 'a Europa curvar-se ante o Brasil', porquanto o Riachuelo, ao ter a construção concluída na Inglaterra, em 1884, foi considerado pela opinião dos técnicos das nações marítimas mais adiantadas como um modelo em seu gênero, tais os aperfeiçoamentos que reunia.”



No último gabinete do regime monárquico o Ministro da Marinha, o Almirante José da Costa Azevedo, Barão do Ladário, deixou um amplo projeto que estava preste a ser realizado para a reorganização do pessoal e instituições da Armada. Em 1889, o Batalhão Naval detinha 454 praças e os Imperiais Marinheiros, 3.218 praças. O golpe de Estado que instaurou a República no Brasil não foi bem aceita pelos militares da Armada Imperial. Marinheiros foram rechaçados a tiros ao darem vivas ao Imperador quando este estava aprisionado no Paço Imperial. O Marquês de Tamandaré implorou ao seu amigo Dom Pedro II que o permitisse debelar o golpe, mas, este o negou tal possibilidade. O idoso almirante, com quase noventa anos de idade, seria preso mais tarde por ordem do ditador Floriano Peixoto sob a acusação de financiar militares monarquistas na Revolução Federalista.  O Barão de Ladário manteve-se em contato com a Família Imperial no exílio buscando maneiras de restaurar o regime deposto, mas acabou relegado ao ostracismo pelo governo republicano. O Almirante Saldanha da Gama liderou a Revolta Armada com o objetivo de ressuscitar o Império e uniu forças com outros militares monarquistas que estavam no Rio Grande do Sul. Todas as tentativas restauradoras foram esmagadas pelo governo republicano. Os oficiais monarquistas de alta patente foram presos, ou banidos ou fuzilados sem o devido processo legal, e seus subordinados sofreram "penas cruéis". 
Com o golpe militar que conduziu à Proclamação da República Brasileira (1889), acentuou-se o declínio da construção naval no país. Por quatro décadas, entre 1890 e 1930 não ocorreram lançamentos de novos meios flutuantes pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. O foco dos governos republicanos passou a ser equipar o Exército para o combate aos levantes internos, o que não foi alcançado de maneira satisfatória devido às dificuldades que o novo regime enfrentou em seus primeiros anos. Complementarmente, a Marinha era percebida como uma ameaça ao novo regime republicano, pois havia se constituído em uma das instituições mais fiéis ao Império e ao Imperador D. Pedro II.
A situação se tornara precária em pouco mais de uma década de regime republicano, visto que o Batalhão Naval fora reduzido a 295 soldados e os Imperiais Marinheiros a 1 .904 homens. Os equipamentos e navios adquiridos eram considerados defasados pelos oficiais da Marinha, que criticavam o completo abandono das oficinas de reparo. A participação em duas revoltas, conhecidas como Revoltas da Armada, sendo a segunda, declaradamente monarquista, custaram aos oficiais leais à Constituição brasileira de 1824 e ao Imperador não somente as suas carreiras, como também foram presos, banidos e fuzilados, sem sequer terem sofrido processo formado na Justiça Militar. Os marinheiros que obedeceram suas ordens e participaram da tentativa de restauração monárquica sofreram penas cruéis.
No início do século XX a força naval brasileira tornara-se obsoleta. Este expurgo completo nos quadros da Armada explica como foi possível uma instituição tradicionalmente leal a Monarquia ter se tornado subitamente republicana.

domingo, 19 de agosto de 2012

QUAIS AS PERGUNTAS MAIS FREQUENTES SOBRE A MONARQUIA?




1) Por que colocar uma pessoa no poder que irá governar sem ser eleita pelo povo?
A proposta do movimento monarquista é implantar a Monarquia Parlamentarista onde o Imperador é o Chefe de Estado, representando a Nação e supervisionando os demais Poderes enquanto quem administra e governa o país é o Presidente do Conselho de Ministros (Primeiro Ministro).
2) Quais são os países atualmente que são Monarquias Parlamentaristas?
Na América, existe o Canadá, na Oceania, a Austrália, no Oriente, o Japão, na Europa, a Espanha, o Reino Unido, Suécia, Noruega, Dinamarca, Países Baixos, Bélgica. São os países mais desenvolvidos e com melhor distribuição de renda e qualidade de vida para seus habitantes da atualidade.
3) Mas e quanto a Arábia Saudita, Omã, Brunei, Butão, Suazilândia e outros?
São monarquias, mas não parlamentaristas. A maior parte são absolutistas ou semi-absolutistas e não são consideradas exemplos a serem seguidos por nenhum monarquista sério.
É o mesmo em que uma pessoa for defender a República Presidencialista, ela irá buscar os países em que a adotaram da maneira correta, que atualmente é apenas os Estados Unidos da América, e evitar exemplos como Cuba, Venezuela e Coréia do Norte, que são autoritárias e ditatoriais.
4) É verdade que a Igreja Católica é uma monarquia?
De fato, a Santa Sé, cujo Estado é o Vaticano, é uma monarquia, mas se trata de um caso especial: é uma monarquia eletiva. Mas é assim por motivos óbvios, visto que os Papas são celibatários e assim não podem surgir Dinastias.
5) A Monarquia é anti-democrática?
Depende de quais monarquias você está se referindo. Como foi explicado nos itens anteriores, podem existir monarquias autoritárias como a Arábia Saudita ou monarquias constitucionais parlamentaristas extremamente desenvolvidas, modernas e democráticas como a Suécia.
O movimento monarquista deseja seguir os passos da Suécia, e não da Arábia Saudita.
6) O Imperador pode condenar alguém a prisão, mandar matar, expulsar do país, criar leis ou algo do tipo?
Não para todas as indagações. Na Monarquia Constitucional Parlamentarista quem julga e condena é o Poder Judiciário, quem cria leis é o Poder Legislativo e quem governa e administra o país é o Poder Executivo.
Ao Imperador, é reservado um papel diferenciado: ele serve como um árbitro entre os outros três Poderes, observando-os e fiscalizando-os, para assim impedir eventuais abusos de seus representantes (Ex.: Um Primeiro Ministro incompetente, um senador corrupto, etc…)
7) E quem fiscaliza o Imperador?
Digamos, em um caso hipotético e extremamente difícil de ocorrer, que o monarca (o Imperador) se revele uma pessoa de comportamento e moral duvidosos, que abuse de suas prerrogativas ou algo do tipo.
Há uma maneira de retirá-lo do cargo: a Assembléia Geral (O Parlamento, composto por Senadores e Deputados eleitos pelo povo brasileiro) poderia destituí-lo de sua posição, num processo praticamente idêntico ao “impeachment” de um presidente da República.
8 ) O Imperador fiscaliza os outros três poderes, então isso significa que ele possuirá um Poder para si? Como assim? Está se referindo ao Poder Moderador?
Exato.
9) Mas o Poder Moderador é absolutista!
Não, é aí que você se engana.
Esta concepção errônea do Poder Moderador é fruto de propagandas enganosas que duram até os dias de hoje, mas que não revelam a verdade.
O Imperador do Brasil no século XIX (1801-1900) tinha prerrogativa para:
- Dissolver o Parlamento e convocar novas eleições.
- Nomear o Presidente do Conselho de Ministros (Primeiro Ministro).
- Perdoar e comutar sentenças judiciais.
- E outras prerrogativas.
A primeira vista, tem-se a impressão de que o monarca possui poder até demais, sendo que não se trata de um absolutismo disfarçado, e sim de uma maneira de fiscalizar os outros três poderes em prol da nação.
E mais: os países europeus que são monarquias parlamentaristas da atualidade, como o Reino Unido da Rainha Elizabeth II e a Espanha do Rei Juan Carlos I, permitem a seus monarcas que possuam poderes praticamente idênticos aos dos imperadores brasileiros, inclusive cada umas das prerrogativas que foram citadas acima.
Isso mesmo: os países mais ricos, avançados, desenvolvidos, com melhor distribuição de renda e mais democráticos, permitem que seus monarcas possuam essas prerrogativas que no Brasil é considerado absolutismo.
Mas não se trata de absolutismo e nem nada do tipo.
10) E quanto ao Imperador nomear os Senadores? Não era isto que ocorria no Império?
Na época do Império, os cidadãos que tinham a capacidade para votar, escolhiam seus representantes através dos candidatos existentes, como qualquer eleição.
Dos três candidatos mais votados, caberia ao Imperador escolher um deles para tornar-se o mais novo senador vitalício da província (estado).
Figuras históricas vistas como verdadeiros estadistas e heróis naquela época e ainda nos dias de hoje, tais como o Duque de Caxias, o Marquês de Paraná, o Visconde do Rio Branco e outros se tornaram senadores desta maneira.
O Imperador Dom Pedro II, conhecido por sua honestidade, zelo e senso de dever perante a nação, sempre fez questão de escolher as melhores pessoas para o cargo.
No entanto, o movimento monarquista não propõe o retorno desta forma de eleição para Senador e nem sua vitaliciedade: os senadores deverão ser eleitos diretamente pelo povo brasileiro para um mandato com prazo pré-definido, como os atuais oito anos.
11) E se o Império retornar, o Brasil vai deixar de ser uma federação? O Catolicismo voltará ser a religião oficial?
Não e não. O Brasil continuará ser uma federal e o Estado não terá religião oficial.
12) A Monarquia é cara de se manter?
Não. No Reino Unido, o custo para se manter a monarquia é de cerca de R$ 75-80 milhões por ano, enquanto o custo para se manter a república no Brasil é de R$ 372,8 milhões.
Isso significa que a república brasileira custa quase o quíntuplo da monarquia britânica. Obviamente estes valores não se tratam nem do salário do Presidente da República e nem da dotação da Rainha Elizabeth II. Os valores representam os gastos totais, com manutenção, compras, serviços, etc…
A parte interessante é que no website oficial da monarquia britânica, é possível analisar com detalhes o gasto anual para mantê-la, enquanto o mesmo não pode ser observado no website oficial da presidência da república brasileira, que não apresenta informação alguma.
A Monarquia espanhola custa em torno de R$ 25 milhões por ano e a sueca, cerca de R$ 32 milhões. A República brasileira custa R$ 320 milhões a mais.
13) Mas uma coisa é o Reino Unido e outra é o Brasil. Eu quero saber quanto custaria a Monarquia brasileira!
Infelizmente, não será possível responder a tal indagação, a não ser com meras especulações, o que não seria cabível. Afinal, como prever o custo para se manter uma monarquia que acabou em 1889?
No entanto, eu posso utilizar dados históricos para chegar a alguma conclusão.
14) Eu teria que me ajoelhar, ou beijar a mão ou os pés ou algo do tipo para o Imperador ou algum membro da sua Família?
Beijar os pés é uma forma de reverência asiática, e não européia, de onde as nossas tradições monárquicas são provenientes. Então, essa opção é inadmissível e nem sequer é levada em cogitação.
Ajoelhar-se, forma de demonstrar fidelidade ao suserano, como os cavaleiros e nobres de outrora faziam, não era sequer observada nos tempos do Império no século XIX, então, não seria hoje que esse costume retornaria.
Quanto a beijar a mão, esta prática foi abolida pelo próprio imperador Dom Pedro II ao retornar de sua primeira viagem a Europa em 1872.
No entanto, convém recordar que se ajoelhar ou beijar a mão não significam um ato humilhante ou de submissão, e sim, de respeito e admiração. Ora, este costume perdura até os dias de hoje: quem nunca viu algumas pessoas, principalmente as mais velhas aproximarem-se de seus pais ou padrinhos e “pedir a benção” enquanto beijavam suas mãos?
É claro que ninguém é obrigado a fazer isto para o Imperador, mas caso o faça, não precisa se preocupar em achar que está sofrendo algum tipo de humilhação ou constrangimento.
15) Então qual a forma correta de lidar com o Imperador? Ou mesmo com o Chefe da Casa Imperial?
Apenas o trate com educação e respeito como você faria com qualquer pessoa, principalmente as mais velhas.
No entanto, se você quiser respeitar os costumes e tradições existentes, a forma correta é abaixar a cabeça levemente, assim como o torso, semelhante a quando você encontra um conhecido que, no entanto se encontra distante.
E quando se dirigir a ele, trate-o por “Vossa Majestade”, se for o Imperador, ou “Vossa Alteza”, se for o Chefe da Casa Imperial quando falar pela primeira vez e em seguida, basta chamá-lo de “senhor” ao longo da conversa.
Pode parecer estranho e fora do comum tratá-lo como “Vossa Majestade”, mas não é assim que tratamos as pessoas com cargos importantes? Não é chamamos os juízes de “Vossa Excelência” quando estamos em audiência, assim como o Presidente da República, e o Papa também não é tratado como “Vossa Santidade”?
16) Voltaremos a ter nobreza?
Aparentemente, sim.
17) Mas por que criar classes diferenciadas? Não seria isso anti-democrático?
A existência de uma nobreza no Brasil não significaria a diferenciação das pessoas em classes distintas.
No Brasil, os títulos de nobreza eram puramente honoríficos, e não eram hereditários. Serviam como prêmios, de certa maneira. É uma forma de reconhecer os préstimos que uma pessoa fez em benefício da nação.
Não temos os costumes de entregar medalhas ou prêmios para as pessoas que se saíram particularmente melhor que outras em algo? Assim funciona a nobreza no Brasil, trata-se de uma Meritocracia, e não uma Aristocracia, pois o seu valor é reconhecido pelo seu mérito e não por sua origem.
18) Então somente uma pessoa que lutou bravamente numa guerra, descobriu a cura para uma doença ou algo do tipo poderia tornar-se nobre?
Não. Recentemente, um leiteiro aposentado foi agraciado com um título de nobreza pela Rainha Elizabeth II, por seu trabalho honesto e dedicado ao longo de toda a sua vida.
Ele não era rico, nem influente, nem poderoso ou nada do tipo, mas era apenas um trabalhador comum, como a maior parte das pessoas, e que sempre trabalhou de maneira digna e correta.
19) A Monarquia é de direita ou de esquerda?
Nenhum dos dois. A Monarquia é uma forma de governo e por esta razão, ela é por natureza, até mesmo como a própria República, neutra. No entanto, os partidos que estarão no poder governando o país é que possuirão alguma tendência ideológica, mas não a Monarquia em si.
20) Então isso significa que na Monarquia ainda existirão partidos de direita, centro e de esquerda?
Exato.
21) E o Imperador é de direita ou de esquerda?
Ele deve ser obrigatoriamente neutro, sem favorecer nem este e nem aquele partido, mas tem por obrigação defender os interesses da Nação.
Digamos que o monarca, como pessoa, em seu íntimo, é contra o aborto, mas através de um plebiscito, o povo brasileiro decide legalizá-lo: o Imperador mesmo contrário, não poderá se opor, pois é à vontade da Nação e nem deverá atuar contra.
22) Eu sou de (Direita, Esquerda, Centro-Direita, etc.). Eu posso defender a Monarquia Parlamentarista?
Claro!
22) Eu sou (Judeu, católico, muçulmano, ateu, budista, etc.). Eu posso defender a Monarquia Parlamentarista?
Claro que sim! Em nosso meio, você encontrará tanto católicos fervorosos, como católicos não-praticantes, assim como judeus, e também muçulmanos e, inclusive, ateus!
A Monarquia não representa um grupo, uma tendência, nem uma minoria, e muito menos uma maioria, mas toda uma Nação.
23) Eu sou (branco, negro, mulato, ameríndio, etc.). Eu posso defender a Monarquia Parlamentarista?
Obviamente que sim!
24) Eu sou (heterossexual, homossexual, bissexual, etc.). Eu posso defender a Monarquia Parlamentarista?
Sim! O Movimento não é preconceituoso e acredita que cada um, independente de sua cor, credo, opção sexual, ideologia política ou o que seja pode e deve apoiar o retorno da monarquia. Somos todos uma grande família e irmãos, que desejam nada mais nada menos colocar ordem na casa de uma vez por todas.
25) Como a Monarquia Parlamentarista pode voltar a existir no Brasil?
O Movimento Monarquista considera inaceitável sequer cogitar a hipótese de realizar ou apoiar um golpe de Estado para reinstaurar à monarquia.
A nossa proposta é que através de um Plebiscito onde o povo brasileiro irá manifestar sua vontade diretamente se deseja ou não o retorno da Monarquia.
A Família Imperial
1) Caso a Monarquia retornasse hoje, quem seria o Imperador?
Seria Dom Luiz de Orleans e Bragança, bisneto da princesa Isabel e tataraneto do imperador Dom Pedro II.
2) E por que ele seria o Imperador e não eu? Ou o Pelé? Ou qualquer outra pessoa?
Dsadfdafadad
3) Quem faz parte da Família Imperial do Brasil atualmente?
Fazem parte da atual Família Imperial as seguintes pessoas:
Dom Luiz de Orleans e Bragança – Atual Chefe da Casa Imperial e filho da antecessora. Está com 72 anos de idade.
Dom Bertrand de Orleans e Bragança – Irmão do antecessor. Não é casado e nem possui filhos.
Dona Isabel de Orleans e Bragança – Irmã do antecessor. Não é casada e nem possui filhos.
Dom Antonio de Orleans e Bragança – Irmão da antecessora. É casado e possui quatro filhos.
Dona Christine de Ligne – Esposa do antecessor. Está com 52 anos de idade.
Dona Amélia – Filha do antecessor e antecessora.
Dom Rafael – Irmão da antecessora.
Dona Gabriela – Irmã do antecessor.
Dona Eleonora – Irmã de Dom Luiz. É casada e possui dois filhos.
Michel de Ligne – Esposo da antecessora.
Alix Marie – Flha do antecessor.
Henri Antoine Irmão da antecessora.
Ao todo, são catorze pessoas que compõem a Família Imperial do Brasil atualmente. No entanto, a senhora Dona Eleonora, que é casada com Michel, príncipe de Ligne da nobreza belga, não mora no Brasil, assim como seus dois filhos, e não existe perspectiva de que um dia venham fazê-lo.
Desta forma, no futuro não muito distante, a Família Imperial no Brasil praticamente se resumirá há apenas quatro pessoas: os filhos de Dom Antonio.
4) Mas isso não faz sentido! Eu já ouvi falar de outros príncipes também!
Aí está o problema. Graças à mídia, que chama qualquer descendente de Dom Pedro I de príncipe, dá-se à impressão que qualquer um que tenha sangue Bragança nas veias faça parte da Família Imperial.
Não é a toa que muitas pessoas se assustam com a idéia de reinstaurar a Monarquia e ficam a imaginar uma única família com centenas de membros sendo custeadas com dinheiro publico.
Não é nada do tipo. Não se preocupe.
5) E por que elas não fazem parte da Família Imperial?
Por que renunciaram aos seus direitos, ou são filhos ou netos de quem o fez. Desta forma, ou perdem os títulos e a posição na linha de sucessão ao Trono ou nunca chegaram a herdar tais direitos.
6) A Família Imperial do Brasil é rica?
Não. Para os padrões brasileiros, eles fazem parte da classe média. Não são milionários e nem nada do tipo.
7) Eles vivem de que?
Os príncipes da Família Imperial do Brasil são formados, como é o caso de Dom Luiz que é químico, de Dom Bertrand que é advogado, de Dom Antonio que é engenheiro e necessitam trabalhar como qualquer pessoa honesta para se sustentar.
8 ) Eles recebem algum tipo de renda do Estado ou semelhante?
Não.
9) Tem algo de errado! Mas eu já ouvi falar que eles têm um Palácio em Petrópolis e vivem do Laudêmio!
Os descendentes do filho mais velho da princesa Isabel, o príncipe Dom Pedro de Alcântara, que renunciou ao seu direito ao trono antes mesmo de casar e ter filhos, herdaram o Palácio do Grão-Pará e também os rendimentos do laudêmio da cidade de Petrópolis (cerca de 2,5% do valor total de casa imóvel vendido).
No entanto, eles não fazem parte da Família Imperial do Brasil e por esta razão que não possuem direitos ao extinto trono.
10) Se é assim, a Família Imperial é descendente de quem?
É descendente do segundo filho da princesa Isabel, ou seja, de Dom Luiz, o príncipe imperial e avô do atual Chefe da Casa Imperial.
11) Eles fazem algo pelo retorno da Monarquia?
Sim. Os príncipes estão sempre viajando participando de encontros, solenidades, eventos e entrevistas por todo o Brasil e também no exterior.
12) Quem paga os custos dessas viagens?
Eles próprios, ou através de doações de monarquistas.
13) E quanto ao Brasil? O que eles fazem?
Assim como viajam para participarem de encontros e eventos sobre a Monarquia, os príncipes também o fazem para tratar de assuntos pertinentes ao nosso país, principalmente quanto à política social.

MANIFESTO MONARQUISTA DE 2004


 Manifesto Pela Restauração da Monarquia Parlamentar no Brasil (primeira parte) 

É justo e razoável que um povo, constatando a inadequação da forma de governo aplicada em seu país, utilize todos os meios lícitos à sua disposição para substitui-la por outra que lhe parecer mais adequada. Nós, monarquistas, estamos cientes de que a forma republicana de governo não conseguiu organizar o país. Foram cento e poucos anos de retrocesso. Nossa História está sendo distorcida. Nossos heróis, denegridos. Nossos valores, desprezados. A construção da nacionalidade, obra iniciada por Dom Pedro II, está se perdendo. A cidadania se enfraquece. A brasilidade está deixando de ser motivo de orgulho para nossa gente. Direitos civis e sociais estão esquecidos. O desemprego cresce. Saúde e educação estão abaixo da crítica. Não existe segurança. O crime organizado, impune, ameaça a autoridade do governo. Confunde-se direito de voto com democracia. Nossas forças armadas estão desprestigiadas. O entreguismo e o servilismo oficial, incentivam o domínio estrangeiro de nossa economia. A soberania nacional, proclamada por Dom Pedro I, está comprometida. Pouco a pouco, o Brasil está deixando de ser brasileiro. É preciso retomar o caminho aberto por nossos imperadores. É preciso restaurar a monarquia parlamentar no Brasil. *** Nos tempos do Império do Brazil, sob Dom Pedro II, o Brasil tinha uma moeda estável e forte, possuía a Segunda Marinha de Guerra do Mundo, teve os primeiros Correios e Telégrafos da América, foi uma das primeiras Nações a instalar linhas telefônicas e o segundo país do globo a ter selo postal; - o Parlamento do Império ombreava com o da Inglaterra, a diplomacia brasileira era uma das primeiras do mundo, tendo o Imperador sido árbitro em questões da França, Alemanha e Itália; - em 67 anos de Império tivemos uma inflação média anual de apenas 1,58%, contra 10% nos primeiros 45 dias da República, 41% em 1890 e 50% em 1891; - a unidade monetária do Império, o mil réis, correspondia a 0.9 (nove décimos) de grama de ouro, equivalente ao dólar e à libra esterlina; - embora o Orçamento Geral do Império tivesse crescido dez vezes entre 1841 e 1889, a dotação da Casa Imperial se manteve a mesma, isto é 800 contos de réis anuais? E que D, Pedro II destinou ¼ de seu orçamento pessoal em benefício das despesas da guerra do Paraguai; - 800 contos d réis significava 67 contos de réis mensais e que os republicanos ao tomarem o poder estabeleceram para o presidente provisório um ordenado de 120 contos de réis por mês; - uma das alegações dos republicanos para a derrubada da Monarquia era o que eles chamavam de custo excessivo da Família Imperial? A verdade é que esta recebia a metade do ordenado do 1º presidente republicano; - Dom Pedro II se recusou a aceitar a quantia de 5 mil contos de réis, oferecida pelos golpistas republicanos, quando do exílio, mostrando que o dinheiro não lhes pertencia, mas sim ao povo brasileiro (5 mil contos de réis era o equivalente a 4 toneladas e meia de ouro? Quantia que o Imperador recusou deixando ao País um último benefício: o grande exemplo de seu desprendimento. Infelizmente esse exemplo não frutificou na República, como seria necessário); - no Império o salário de um trabalhador sem nenhuma qualificação era de 25 mil réis? O que hoje eqüivale a 5 salários mínimos; - o Brasil era um exemplo de democracia. Votava no Brasil cerca de 13% da população. Na Inglaterra este percentual era de 7%; na Itália, 2%; em Portugal não ultrapassava os 9%. O percentual mais alto, 18%, foi alcançado pelos Estados Unidos. Na primeira eleição após o golpe militar que implantou a república em nossa terra, apenas 2,2% da população votou. Esta situação pouco mudou até 1930, quando o percentual não ultrapassava a insignificante casa dos 5,6%. - no plebiscito de 1993 a monarquia recebeu, aproximadamente, sete milhões de votos (13% dos votos válidos} e, nesta época uma pesquisa do DATA FOLHA mostrava que 21% da população era monarquista ou simpatizante...

Manifesto Pela Restauração da Monarquia Parlamentar no Brasil (segunda parte) 

Quanto à República dos Estados Unidos do Brasil, sua história mostra uma forma de governo que não consegue fugir de suas origens escabrosas. Nasceu de uma sedição militar (1889). Implantou um regime onde a regra era, como ainda é, a corrupção, a degradação dos costumes e o terror. "Aliás, não lhe escasseiam na crônica fastos lastimosos e pudendos. Atravessamos, em 1894, a ditadura plena: o governo da espionagem, do cárcere e do fuzil, com o lar doméstico entregue às buscas policiais, o erário ao saque dos cortesãos, o crédito público às emissões clandestinas, a vida humana ao espingardeamento, a educação de nossos filhos ao espetáculo de todos os crimes, ao comércio de todas as corrupções. No começo, foi para vencer. Em seguida, para exterminar os vencidos. De 13 de março a 30 de julho as ilhas da nossa baía presenciaram a execução de centenas e centenas de homens, marinheiros da nossa esquadra, que os chora, confiados pelos seus capitães, na hora da rendição, à santidade das leis da guerra e imolados pela vitória truculenta ao apetite dos seus instintos. Durante esse período lutuoso o país inteiro, assombrado, assistira a tragédias como as do Paraná, onde o caminho de ferro conduzia aos espigões das serranias as vítimas do rancor homicida, para as sepultar nos despenhadeiros, fuzilando-as na queda. Tivemos, em março de 1897, a demagogia acompadrada com a autoridade, no Rio de Janeiro, destruindo prelos, armando queimadoiros nas praças, organizando a morte, executando as suas sentenças capitais à cara do governo, na sua capital. Viu-se, pouco mais tarde, nos sertões da Bahia, sobre os restos do fanatismo aniquilado, a liquidação pela degola, pelo petróleo, pela trucidação de mulheres e crianças. Nos sertões de S. Paulo a lei de Lynch, alistada ao serviço dos partidos, consumou impunemente, com a notória proteção dos interesses dominantes, uma das mais horrendas cenas de sangue registradas nos anais da nossa ferocidade. "(Rui Barbosa: em A Imprensa: março de 1900) A historiografia oficial não relata a presença, em nossas águas, de navios da Marinha dos Estados Unidos da América que, com tiro de peça, atingiram um dos navios do dissidente Almirante Saldanha (1893). Atingiram também a nossa soberania. E tudo a pedido do traidor Floriano Peixoto, então Presidente da República. (Nos bons tempos do Império do Brasil, eram os nossos navios que iam impor a ordem onde se fizesse necessário.) Entremeando esses anos de terror, houve um curto período de paz. O Presidente Rodrigues Alves (1902-06) era um monarquista. Foi Conselheiro do Império. Talvez tenha sido o único presidente da República Velha (1899-1930) que realmente fez um bom governo. Destacou-se pelo combate à febre amarela e pelo desempenho de seu governo na área internacional, onde aparece a figura do Barão do Rio Branco. (Foi eleito novamente para a presidência em 1918. Faleceu antes de tomar posse.) O Presidente Afonso Pena teve um governo atribulado (1906-09). Não terminou o seu mandato. Morreu em junho de 1909 em conseqüência das pressões políticas. No governo seguinte (1910-14) ecoaram os gritos dos marinheiros assassinados após a Revolta da Chibata. Encontraram a morte por lutar pelo fim dos castigos corporais (1910). Depois veio a Guerra do Contestado (1912-16). Vinte mil brasileiros mortos! Em seguida, a conspiração militar contra Epitácio Pessoa (1919-22). O Ex-presidente Marechal Hermes, a quem Epitácio qualificava de "sargentão sem compostura", foi preso. O Clube Militar foi fechado. No Rio de Janeiro, as tropas legalistas enfrentaram os hermistas nas ruas. O episódio passou à história como "Os Dezoito do Forte". Os Dezoito eram apenas onze... O Presidente Artur Bernardes (1922-26) governou sob estado de sítio. Em seu governo, estouraram a Revolução de 1923 no Rio Grande do Sul e a Revolução Paulista de 1924. Seu sucessor, o Presidente Washington Luis, foi deposto (1926-30). Foi o fim da República Velha. Veio a ditadura de Getúlio Vargas (1930-45). Uma nova versão da mesma história. Outra vez o terror oficial. Perseguições, assassinatos e torturas estavam definitivamente integradas à rotina de governo. Após a queda de Vargas, foi elaborada uma nova Constituição(1946). Tudo parecia democrático. Puro engano. Nove anos depois, as origens criminosas da república falaram mais alto. O Presidente Carlos Luz foi deposto pela força das armas (1955). Os militares tomaram o poder em 1964. Era a velha história se repetindo. O método republicano foi aplicado à risca. Os mais elementares direitos humanos foram esquecidos. Foram vinte e quatro anos de regime de exceção. Em 1988, foi elaborada uma nova constituição. Ainda está em vigência. Há uma frágil aparência de democracia. Houve o impedimento de um presidente. A corrupção e a ineficiência no governo continuam. É a "praxis" republicana se repetindo: em tempos aparentemente democráticos, cresce a corrupção e a degradação dos costumes; em tempos de ditadura, volta o terror. Desde o golpe militar que reduziu o Brasil a uma república, a democracia tem sido uma presença comum nos discursos e uma impressionante ausência na prática. Seus dois primeiros presidentes não foram eleitos. Os demais, até a ditadura de Getúlio Vargas, chegaram ao poder em eleições duvidosas. Uma participação popular mínima acompanhando um máximo de fraudes eleitorais. Desde o fim da República Velha, há 74 anos, somente três presidentes diretamente eleitos pelo povo conseguiram terminar seus mandatos: Eurico Gaspar Dutra, Juscelino Kubistchek de Oliveira e Fernando Henrique Cardoso. Essa é a história da república no Brasil... 

Manifesto pela Restauração da Monarquia Parlamentar no Brasil (terceira parte) 

O Brasil está deixando de ser brasileiro. Em toda a vida da república no Brasil, o servilismo, o incentivo ao domínio estrangeiro de nossa economia, e o desrespeito à nossa soberania, foram uma constante. Hoje, quatro fatos gravíssimos preocupam os monarquistas: o entreguismo; a adulteração de nossa história; a perda induzida da brasilidade; e a criação de rivalidades étnicas artificiais. São sábias as palavras do Chefe da Casa Imperial do Brasil, Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança: "Nossa história oficial vem sendo reescrita segundo os cânones de desgastadas correntes materialistas. E milhões de nossos jovens são submetidos, a cada dia, ao ensino de uma contra-história. Aos poucos, através de hábeis artifícios psicológicos e propagandísticos, o brasileiro vai perdendo a legítima ufania de sua brasilidade. (...) tudo sugere que o Brasil está sendo conduzido a padecer de uma gravíssima forma de depressão. Depressão induzida, que ameaça tornar-se crônica e irreversível. Os brasileiros, deixando de estimar o seu próprio país, estão sendo levados a, mais cedo ou mais tarde, se submeterem, como se fossem salvíficas, às imposições de qualquer organismo internacional. O Brasil acabaria por se envergonhar daquilo que os outros nos invejam. O desenrolar destes acontecimentos não caminharia, paulatinamente, para que muitos brasileiros aceitassem a entrega de grandes extensões de nosso território — por exemplo a tão cobiçada Amazônia —, com a criação de protetorados estrangeiros, como fazem crer certos rumores que se tornam cada vez mais insistentes e claros até ao nível internacional? Por outro lado, a indução artificial a uma rivalidade étnica vem tentando desfazer o clima de mútuo entendimento, isento de preconceitos e rancores raciais, fruto da miscigenação que aqui se operou com êxito ao longo dos séculos. Em vez de se reforçar a compreensão cristã que consolide cada vez a unidade brasileira, parte-se para uma política de ressentimento e até de ódio. Parece mesmo que, entre nossos compatriotas, essas correntes extremadas tentam erguer verdadeiras cortinas-de-ferro psicológicas. Mas, por trás desses excessos unilaterais e quase fanáticos, vai-se vislumbrando a intenção de classificar cada etnia com uma pequena nação, E teríamos então a criação de múltiplas pequenas "nações" dentro de nosso Brasil, o que faria prever o inevitável esfacelamento deste país que surgiu soberano, sólida e definitivamente uno, do brado de Dom Pedro I, junto às margens do Ipiranga." É preciso impedir que a república continue a destruição da brasilidade e, por conseqüência, do Brasil. Como restaurar a monarquia parlamentar no Brasil? Como retomar o caminho aberto por nossos imperadores? Todas as ações deverão respeitar a ordem constitucional e as leis em vigor. Será cumprida a sentença proferida, no exílio, por Dom Pedro II:"Conspirar para voltar, nunca! Ao povo brasileiro assiste o direito de se governar como julgar mais adequado." O primeiro passo é a divulgação deste manifesto. Solicitamos que todos os monarquistas o enviem para seus conhecidos. É preciso que todo os Brasileiros saibam que existe um movimento a favor da restauração da Monarquia Parlamentar no Brasil. Para dar maior alcance à divulgação deste manifesto e das ações subseqüentes, é necessário que sejam enviados para o Correio Imperial ( correioimperial-owner@yahoogrupos.com.br ) os endereços eletrônicos de todos os que podem participar deste esforço de divulgação da causa monárquica. O segundo passo, já em curso, será o detalhamento do Plano de Ação, tarefa esta que está a cargo de um seleto grupo de monarquistas. Este grupo gostaria de receber suas sugestões para que o planejamento seja o mais democrático possível. Este plano conterá objetivos e metas para a restauração monárquica em nossa terra. Uma de suas diretrizes mais importantes será a promoção da união de todos os monarquistas. Ao contrário dos republicanos que se fragmentam em partidos políticos conflitantes, os monarquistas não se dividem porque abrigam todas as correntes de pensamento político. Sua unidade é garantida pela fidelidade ao Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, "de jure", Dom Luiz I, Imperador de todos os brasileiros. No entanto, a organização dos monarquistas brasileiros deverá ser feita de forma planejada. Segundo a recomendação da Casa Imperial, em cada cidade, bairro, local de trabalho, órgão público (civil e militar), deverá ser criado um Círculo Monárquico (nos próximos dias será enviado o modelo de estatuto e recomendações complementares necessários à formação de um Círculo Monárquico). Unidos, os monarquistas terão força para influenciar os meios de comunicação, a política e a economia; preservarão a história e a cultura brasileira; enfraquecerão internamente a república que, desacreditada e sem resistências, cairá inevitavelmente. A restauração da monarquia é o reencontro dos brasileiros com a sua História, com as suas tradições, com o seu destino de grandeza interrompido por uma traição. A alma brasileira é monárquica. Suas manifestações mais legítimas falam de reis, rainhas, príncipes e princesas. É alegre, musical e colorida. Não se adapta ao cinza neurastênica da república. Tem fé. Tem esperança. A união dos monarquistas brasileiros nos levará ao caminho aberto por nossos imperadores em direção a um futuro melhor, mais humano, mais brasileiro. Como recomenda o Chefe da Casa Imperial do Brasil, Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança: "E isto passo a passo, dia a dia. Em uma aurora de ressurreição monárquica nos mais diversos pontos de nosso território-continente. Aurora que, desta vez ainda, não teve tempo de fazer-se meio-dia, é certo. Mas também aurora que despertou uma generalidade de entusiasmo, o qual com ritmos crescentes e recursos também crescentes, tem todas as condições para mostrar ao Brasil que este dispõe da plenitude dos meios para se reerguer, e transformar-se numa das maiores nações do mundo, quando chegue ao meio-dia grandioso de sua História".

Viva Dom Luiz Brasil, 10 de Julho de 2004

Correio Imperial